O Governo do Estado, por meio do Decreto nº 42.601/2016, instituiu o Plano de Monitoramento de Gastos (PMG). A ação tem o objetivo de manter o controle de gastos implementados ao longo de 2015 e leva em consideração o diagnóstico das projeções econômicas e financeiras do País que apontam para a manutenção de um cenário fiscal restritivo, com ausência de crescimento da economia brasileira e consequente baixa projeção para o incremento de receitas para os Estados.
O Decreto prevê diversas medidas de controle do gasto público por meio de uma atuação direta com os gestores do Estado, a fim de identificar, propor e implementar ações de monitoramento. O principal objetivo é acompanhar as despesas, mantendo uma assídua orientação aos agentes públicos para o equilíbrio das contas, a manutenção dos serviços e das políticas públicas, ressaltando a importância de não elevar as despesas.
“Com uma ação estruturada como essa, o Estado estará mais seguro e preparado para um possível agravamento da já difícil situação financeira do País, que impacta todos os Estados. Estamos fazendo a nossa parte e seguimos tomando as medidas necessárias”, disse o governador Paulo Câmara.
A coordenação das ações do PMG é de responsabilidade da Secretaria da Controladoria-Geral do Estado e o monitoramento é realizado Comitê Gestor do PMG. Este é composto por representantes da Assessoria Especial do Governador do Estado (Aegov), Secretaria de Administração do Estado de Pernambuco (SAD-PE), Secretaria da Controladoria Geral de Pernambuco (SCGE-PE), Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco (Sefaz-PE), Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Esse grupo manterá o acompanhamento detalhado dos gastos em conformidade com o Decreto. Serão preservados os recursos já destinados ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), as verbas destinadas a investimento e programas de relevância para a sociedade, como o Pacto Pela Vida, o combate ao Aedes Aegypti, entre outros.
Nas principais ações do PMG estão: a vedação de acréscimos no atual quantitativo de locação e aquisição de veículos; aumento na franquia de telefonia móvel; ampliação de internet; acréscimos no quantitativo de mão de obra terceirizada; e contratação de consultorias. “Neste difícil momento da economia brasileira, o governador Paulo Câmara tem destacado de forma reiterada que as medidas de controle nos gastos devem preservar o funcionamento dos serviços, conforme foi feito em 2015, quando comprimimos o gasto público evitando comprometer o atendimento às demandas sociais. Assim, vamos utilizar como meta os valores praticados pelas unidades gestoras no ano passado, evidenciando a necessidade de aprimorar a qualidade do gasto, gerando mais economia em locais em que ainda é possível”, disse o secretário da Controladoria-Geral do Estado, Rodrigo Amaro.
Uma das especificidades do Decreto nº 42.601/2016 é que o Comitê Gestor poderá definir metas individualizadas por órgãos e entidades a partir dos resultados alcançados em exercícios anteriores, apoiando os gestores que mais se esforçaram para economizar.
O Decreto contempla, ainda, a redução de 15% do quantitativo de telefonia fixa, redução de 20% para os números que fazem ligações para fora da rede do Estado, acompanhamento da evolução e execução de diárias de profissionais à serviço, a devolução de veículos com baixa utilização e o cancelamento do perfil de dados de internet com baixa utilização.
O Estado de Pernambuco foi um dos primeiros na realização de ações de controle de gastos para enfrentamento da crise econômica, quando, ainda no início de 2015, editou instrumento próprio de contingenciamento com o Decreto nº 41.466/2015. “Fomos pioneiros em apontar a necessidade de convocar os gestores públicos a reduzir o nível de gasto dos recursos. Ações desta natureza permitem que o Estado possa manter uma melhor saúde financeira, liberando mais recursos para as políticas essenciais”, reforçou o governador do Estado, Paulo Câmara.