Balanço: senador Fernando Bezerra avalia que Brasil já conquistou protagonismo na COP-21

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O presidente da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), fez ontem (9) o primeiro balanço da participação do Brasil na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-21). Na avaliação do senador, as propostas brasileiras apresentadas durante o encontro conquistaram visibilidade e o interesse das nações que participam da Conferência.

“Estamos nos aproximando da data final (próxima sexta-feira, 11) para a celebração de um novo e grande acordo que vai dar as bases para o desenvolvimento sustentável em todo o mundo. E o Brasil está tendo um protagonismo importante na COP-21”, destacou. “Foi o país que apresentou a melhor proposta do ponto de vista da redução de emissões. E também chega à Conferência como o grande exemplo; sobretudo, na redução do desmatamento da floresta amazônica”, ressaltou Fernando Bezerra.

Na capital francesa, cumprindo agenda na COP-21 desde a última sexta-feira (4), o presidente da CMMC participou, na manhã e tarde de hoje, de dois painéis sobre a Contribuição Nacionalmente Determinada (iNDC). Realizados na Embaixada do Brasil em Paris, os painéis – “iNDC Brasileira e a redução do efeito estufa” e “Implementação da iNDC do Brasil: Florestas, Regeneração, Recomposição e Reflorestamento” – contaram com a presença da delegação de senadores e deputados brasileiros como também da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

“Minha presença aqui, como presidente da CMMC, ao lado de diferentes parlamentares, tem sido muito importante para a troca de ideias”, contou Fernando Bezerra Coelho. “Inclusive, com delegações de parlamentares da Alemanha, França, Comunidade Europeia, dos Estados Unidos e de outros países – todos eles querendo saber a posição brasileira e conscientes do enorme esforço que o Brasil vem fazendo para que, de fato, nosso país possa ser referência em termos de desenvolvimento sustentável”, completou o senador.

METAS – A proposta central da iNDC/Brasil para a COP-21 é que “o país, até o final deste século, envidará esforços para uma transição a sistemas de energia baseados em fontes renováveis e descarbonização da economia mundial, no contexto do desenvolvimento sustentável e do acesso aos meios financeiros e tecnológicos necessários para tal transição”. Entre as principais metas brasileiras, destacam-se o fim do desmatamento ilegal, o reflorestamento de 12 milhões de hectares de terra, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e a integração de cinco milhões de hectares, entre lavouras, pastagens e florestas.

Na área de energia – um dos pilares da CMMC – a iNDC propõe que a participação das energias renováveis chegue, até o ano de 2030, a 23% da matriz energética brasileira, especialmente a solar, eólica e de biomassa, sem considerar a hidrelétrica. O senador Fernando Bezerra defende que a participação das “energias limpas”, na matriz energética nacional, aumente para 25%, no referido ano (2030).

“É importante que este esforço brasileiro, contido nas metas do país para serem alcançadas até 2030, possa ser perseverado, possa ser realmente implementado, quando o Brasil será um dos líderes mundiais em preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável”, defendeu o pessebista pernambucano. “Vamos mostrar que é possível, sim, gerar emprego e inclusão social; ao mesmo tempo, conservando os nossos biomas, especialmente, o cerrado, a floresta amazônica, a caatinga – o que é muito importante para a preservação do nosso meio ambiente e para dar qualidade de vida para toda a sociedade brasileira”, completou o senador.

AGENDA – Nesta quinta-feira (10), Fernando Bezerra Coelho participa do “Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas” e do painel “Perspectivas econômicas com os iNDCs “. A COP-21 começou no último dia 30 e vai até o próximo dia 11, reunindo representantes das mais de 190 nações que fazem parte da Convenção da ONU sobre o Clima. O senador Fernando Bezerra é um dos principais representantes do parlamento brasileiro nesta Conferência.