Reconstituição da morte do garoto Walisson deixa petrolinenses em choque

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Agentes da Polícia Civil realizaram na manhã desta quinta-feira (3) a reconstituição da morte do garoto Walisson Pedro Souza de 9 anos, que foi brutalmente assassinado em outubro deste ano no dia das crianças, quando o mesmo saiu para brincar de Skate na praça da academia da saúde que fica na Vila Mocó, Área Central de Petrolina.

A simulação foi acompanhada pelos delegados responsáveis do caso, Polyanna Nery e Daniel Moreira. A cenas do crime foram registradas pela nossa reportagem desde o início, da Praça da Sementeira até a lagoa de dejetos localizada nas proximidades do bairro Antônio Cassimiro I.

Durante a reconstituição, os acusados José Cícero da Silva, 43 anos e o adolescente de 16 anos (Foto Acima) contaram como tudo aconteceu com detalhes.

Induzindo a criança, o adolescente foi quem levou o garoto até um local abandonado, que fica atrás de galpões localizados nas construções no novo shopping de Petrolina. O lugar é repleto de árvores e o adolescente aguardava a chegada de José Cícero e os dois conduziram Walisson até a lagoa de dejetos.

Antes disso, no dia do crime com a ajuda do adolescente, que era vizinho da vítima e de acordo com informações da polícia, José Cícero teria dado uma quantia em dinheiro no valor de R$10 reais para esse adolescente comprar drogas e o mesmo teria atraído a atenção da criança até a praça da sementeira. Os dois levaram o garoto até o canal das proximidades do bairro Antônio Cassimiro I, onde abusaram sexualmente da criança.

 Tudo aconteceu, em um espaço, embaixo de uma árvore com uma pedra. Após a prática, o adolescente foi embora e o restante do crime quem praticou foi José Cícero que chegou a enforcar a criança até a morte.

Percebendo que o garoto estava sem vida, o acusado conduziu o corpo do garoto até a beira do canal e em seguida jogou o corpo na lagoa. (Veja na foto abaixo, a simulação do momento em que o acusado joga o garoto).

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A delegada do caso, que atualmente está atuando no município de Floresta ,contou que o intuito da simulação visa punir crimes com essas características.

“O objetivo desse trabalho serve para que as provas do crime fiquem claras e que os dois acusados peguem a pena máxima. O menor, que só chega a 3 anos e o Cícero que pode passar de 30 anos de prisão. O Cícero mesmo é muito frio e hoje ele está colaborando com a polícia como se nada tivesse acontecido, ele não tem sentimento algum”, conta a delegada.

Com a reconstituição feita, os delegados do caso receberão um parecer dos peritos, onde um laudo será construído com fotos e cenas da simulação e o documento será encaminhado ao Ministério Público para fortalecer a denúncia verídica do crime dando, assim, a aplicação de pena maior aos acusados.

Contradição

acusado3Há dois meses, após confessar que matou e estuprou seis crianças, sendo duas em Petrolina, três em Santa Maria da Boa Vista e uma em Sobradinho, José Cícero, em entrevista exclusiva a nossa reportagem, entrou em contradição e disse que só matou duas crianças em Petrolina, o garoto Walisson da Vila Mocó e Pedro Felipe do bairro Pedra Linda. Os demais casos, ele negou, a exemplo do garoto de 4 anos de Sobradinho-Ba.

Pressionado pela delegada, o acusado voltou atrás e assumiu os seis crimes. Na hora da reconstituição ele teria negado os fatos porque disse que estava com medo de ser agredido pela população, que acompanhou de perto a simulação e  começaram, no momento, a expressar gritos de revolta. (Foto ao lado).

“Eu não matei ninguém em Santa Maria e a criança de Sobradinho também não, porque eu não viajava para lá, eu só assumo que matei dois, mas quero pagar por tudo. Se foram seis, quero que a justiça julgue e faça o que for melhor, afirma o acusado que entra em contradição.