Uma tríplice epidemia atinge o estado de pernambuco e traz um alerta ao município de Petrolina com casos registrados de chikungunya desde o ano passado, o Aedes Aegypti (mosquito transmissor da dengue) e o zika vírus, uma novidade que está preocupando a Secretária Municipal de Saúde.
Comparativos de 2014 e 2015, que corroboram a explosão de casos de microcefalia no Nordeste, o número de crianças que nascem com a doença se multiplicaram 20 vezes.
Na última segunda-feira (30), o governador Paulo Câmara convidou prefeitos e secretários municipais e diretores de serviços de vigilância epidemiológicas. Foram destinados R$ 25 milhões em recursos e desses, R$ 5 milhões foram destinados aos municípios pernambucanos, parte dessa verba foi encaminhada a Petrolina, onde os agentes de Endemias estão capacitados para assumir o controle da tríplice epidemia local, é que afirma a Secretária de Saúde, Lúcia Giesta.
“Nó já estamos preparados para enfrentar casos emergenciais e os agentes terão como ferramenta de trabalho, larvicidas. O prefeito de Petrolina garantiu que todos os recursos necessários se combate a essas doenças, o município estará disponibilizando”, disse Lúcia Giesta.
Ações emergenciais
Assim como em todo estado, foi publicado no diário oficial um decreto de emergência epidemiológica, deixando Petrolina em situação de alerta. As ações agora serão desenvolvidas nos próximos 180 dias.
Os dois casos de microcefalia registados em Petrolina pelo Hospital IMIP/Dom Malan, um do bairro Fernando Idalino e o outro do Santa Luzia, Zonas Leste e Norte, respectivamente foram notificados e estão sendo analisados em Recife para saber se as duas situações têm relação com o Zika Vírus.
Um panfleto informativo sobre as formas de prevenção à microcefalia será distribuído a partir desta quarta (2) em todos os prédios públicos do município e também em lugares de maior circulação das pessoas.
Um comitê de combate ao Aedes Aegypti foi formado envolvendo os secretários de Ordem Pública, Jota Santos, Infraestrutura, Tatiane Lima, e Educação Cel. Heitor Leite.
“A estratégia é gerar uma maior mobilização com a intensificação das ações dos Agentes de Combate às Endemias e profissionais nas Unidades de Saúde, além de limpeza pública e fiscalização dos imóveis fechados. Já nos reunimos hoje para traçar ações imediatas”, pontuou Lucia.
Em relação à microcefalia, em Petrolina, há apenas 2 casos confirmados da doença. A Secretaria de Saúde iniciou processo de aquisição de repelentes para distribuir às gestantes, que são acompanhadas nas Unidades de Saúde, e intensificou as orientações sobre a importância do pré-natal.
Outras medidas já foram viabilizadas pela Secretaria de Saúde. “Tínhamos 124 agentes, número suficiente para atender à população, mas diante da epidemia ampliamos para 134. Os 10 novos agentes farão a borrifação das casas nos locais com notificação da doença a, ainda, contaremos com o apoio do Exército”, finaliza Giesta.
Responsabilidades da Compesa e do governo de Pernambuco
A gestão municipal encaminhou ofício a Compesa pedindo que a companhia se posicione sobre a intercidência de água na cidade que lava a população a armazenar água para suas necessidades diárias isso acaba proliferando a infestação de mosquitos. O mesmo ofício foi encaminhado ao governador Paulo Câmara como maneira do líder maior do estado conceder uma atenção concreta de ações que possam evitar uma epidemia em Petrolina.