Policiais civis de Pernambuco se reuniram em assembleia no fim da tarde desta sexta-feira (27) e já adiantaram que será deflagado estado de greve. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), sem a evolução das negociações com o Governo do Estado a categoria não vê outra saída e pretende paralisar as atividades.
“Nenhuma reivindicação foi atendida. Os problemas da polícia foram amplamente divulgados e o governo não sinalizou nada. A categoria está indignada com a falta de sensibilidade com os problemas que afligem não só os policiais, mas a população do estado”, explicou o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros.
De acordo com ele, os trabalhos estão sendo prejudicados por esse cenário. “As investigações estão praticamente paradas, não tem policiais para investigar e sem investigação não tem punição para os criminosos”, reclamou.
Com o estado de greve decretado, a categoria precisa esperar uma seguinte audiência para de fato iniciar a paralisação e, segundo o presidente do Sinpol, essa é a expectativa.
Além da recomposição dos salários, incluindo a fixação do percentual de 225% de gratificação de função policial para todos, a categoria da Polícia Civil cobra a convocação de 100 escrivães e 700 agentes concursados para substituir outros que se aposentam até o final do ano e a equipagem adequada para trabalhar com segurança, inclusive coletes a prova de bala, melhores condições de trabalho nas delegacias. (DP).