Na Câmara de Serra Talhada, uma sessão para ficar na história. Contas de ex-prefeito são aprovadas, e o PT deu “ajudinha’

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Dificilmente se viverá momentos tão marcantes na Câmara de Vereadores de Serra Talhada como os vividos na noite desta segunda-feira (26), quando foram colocadas em votação as contas do ex-prefeito Carlos Evandro, referente ao exercício de 2006.

Com o auditório lotado e em uma sessão em que não faltou nenhum dos vereadores, o clima durante toda a sessão foi tenso e em certos momentos emocionantes.

Presidentes e integrantes dos partidos que compõem o G11, numa prova de união das oposições de Serra Talhada participaram maciçamente da sessão, em apoio o ex-prefeito, que se fez acompanhar de amigos, correligionários e toda família.

Voto a voto foi se desenhando o cenário final da votação, que embora, logo no início, na defesa do advogado de Carlos Evandro, tenha sido apresentado as diversas falhas e contradições do processo, chegou a parecer desfavorável para o ex-gestor.

Somente no último voto, proferido pelo presidente da Casa, Agenor de Melo Lima, que faz parte da bancada de Luciano Duque, é que o ex-prefeito pode respirar tranquilamente, ” voto contrário o parecer do tribunal de contas”, declarou Agenor e arrancou manifestações de aplausos de correligionários de Carlos Evandro. O voto de Agenor foi o décimo em favor do ex-prefeito, fechando um placar de 10 a 5, exatamente o placar que Evandro necessitava para aprovação das suas contas.

Apesar de toda manifestação só ter acontecido no final, um voto chamou atenção dos presentes, foi o voto do vereador petista e líder da bancada do governo na Câmara, Manoel Enfermeiro. Exatamente por ser do PT e ser Líder do Governo, ninguém na plateia esperava a surpresa causada por Manoel quando declarou: “meu voto diz respeito ao povo de Serra Talhada, quero dizer abertamente que estou sabendo onde foi aplicado o dinheiro e pra onde foi…Carlos Evandro não tirou dinheiro pra colocar no bolso dele (…) então voto contrário o parecer do tribunal de contas (…) por entender que a defesa do ex-gestor esclarece todas falhas apontadas pelo TCE” (Do Caderno 1