65% dos homicídios registrados até agora em Petrolina foram por motivo de vingança, revela comandante da PM

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Em Petrolina, as estatísticas de violência têm aumentado, seja no tráfico de drogas, número de homicídios, ou assaltos e roubos.

De acordo com o comandante do 5° Batalhão da Polícia Militar (5° BPM) em Petrolina, tenente-coronel Isaac Guerra, (Foto Acima),  de Janeiro de 2015 até outubro, quase 500 presos foram soltos da Penitenciária Dr. Edvaldo Gomes. Essas estatísticas de crimes ocorrem em sua maioria, por conta desses detentos que ficam em liberdade

“Essa soltura provoca violência e acaba produzindo um efeito assustador no quadro de crimes no município, mas isso acontece porque os presos acabam tendo que, pelo uso da lei cumprindo sua pena sem que isso altere o grau de comportamento, ele tem seus direitos diante da justiça”, revelou.

Segundo o coronel, isso altera o quadro de violência, pois muitas famílias acabam fazendo vingança pelo crime que aquele detento cometeu. Além disso existem aqueles que querem prestar contas sobre o uso e comercialização de drogas e acabam voltando a praticar crimes, pois não conseguem resultados satisfatórios dos seus comparsas. Todos esses requisitos somam 65% dos homicídios registrados só esse ano em Petrolina, que já são mais de 100.

“A família que teve a perda fica insatisfeita e realiza a vingança, isso vem crescendo bastante em Petrolina, primeiro pela questão das drogas , que é o carro chefe na cidade”. disse.

Mesmo com tantos casos de violência, crimes ainda sem respostas, Guerra garante que a polícia vem realizado ‘incansavelmente’ um trabalho com o intuito de punir os responsáveis por praticar crimes, mas a crise que afeta o policiamento em todo estado, dificulta ações de combate. Faltam estrutura nos batalhões, veículos, e até coletes adequados para o trabalho de rua. Enquanto a ajuda do estado não chega, só resta apelar pela paz com o que temos hoje, uma segurança mínima. A  culpa não são dos agentes, comandantes, soldados ou coronéis, mas sabemos de quem é a culpa.