Acontece até a tarde desta terça (06), as discussões sobre o projeto de “Zoneamento de áreas vulneráveis à desertificação no Estado de Pernambuco”, evento promovido pela secretaria estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, com a parceria da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA). A proposta é reunir representantes de vários segmentos sociais e discutir temas como ‘Desertificação’, ‘Mudança Climática’, ‘Sustentabilidade da Caatinga’, dentre outros. O evento acontece na Facape.
A troca de informações e experiências vivenciadas no sertão do São Francisco serão importantes para a elaboração de novos programas e projetos que possam combater a desertificação do semiárido, bem como a degradação dos solos. “Na realidade, esse projeto de zoneamento destas áreas existe e reflete uma parceria que temos com a Embrapa e a Sudene. Temos informações acerca destas áreas, porém, acreditamos que elas estejam defasadas. Precisamos atualizar estes dados e nada melhor do que ouvir as pessoas que efetivamente vivem nesta região. A ideia é implantarmos programas e implementarmos os projetos existentes, em cima da realidade que cada área pontua”, destaca a moderadora do evento, Alexandrina Tiné.
De acordo com Alexandrina, serão realizados 61 encontros ao todo. “Quando terminarmos, nosso cronograma prevê a realização de 14 workshops onde as informações serão condensadas e, em seguida, faremos um seminário estadual. Quando formatarmos um documento final, aí sim, será possível buscar recursos para a implantação das iniciativas”, completa.
A gestora da AMMA, Denise Lima, participa do evento e frisa a importância de se discutir essa temática. “Nosso bioma Caatinga é extremamente rico em sua diversidade de fauna e flora, no entanto, por várias questões como o desconhecimento das pessoas sobre a importância deste ecossistema; a ação pode ser devastadora do homem, dentre outros; estamos suscetíveis a sofrermos consequências drásticas, a exemplo da desertificação. Logo, é positiva toda iniciativa que possa agregar conhecimentos e evitar um cenário ainda mais complexo e irreversível”, pontua.