Ampliar a capacidade do Brasil em produzir energia de fontes renováveis alternativas à água, especialmente solar e eólica. Esta foi a meta defendida nesta quinta-feira pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), no painel “A Política Pública de Energia: Avanços, Gargalos e Desafios para o Futuro”, na Empresa de Pesquisas Energéticas, no Rio de Janeiro.
“A expansão deste setor está diretamente relacionada a políticas públicas eficientes e transparentes. Só assim será possível evitar que o consumidor não seja submetido à falta de energia ou a racionamentos, que acarretam a restrição do consumo, o aumento dos custos, a perda de competitividade e o desemprego no país”, afirmou o pernambucano, que preside a Comissão Mista de Mudanças Climáticas. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) também participou do debate, ao lado de especialistas do setor, como Maurício Tolmasquim, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); Mozart Siqueira, da Brennand Energia; Nivalde Castro, da UFRJ; e Joísa Dutra, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Fernando Bezerra lembrou que a estimativa do Governo Federal é que o uso da energia solar chegue a 4% do total consumido no país, enquanto a eólica atinja 11% nos próximos anos. “Precisamos aumentar esta capacidade, como já fazem diversas nações. Algumas delas com incidência solar bem menores que a nossa, como é o caso da Alemanha, por exemplo”. Ele detalhou que os prejuízos do setor elétrico já chegam a aproximadamente R$ 70 bilhões e defendeu o aprofundamento do debate em torno do tema. “Vamos realizar uma audiência pública com a presença do ministro das Minas e Energias (Eduardo Braga), para que o relatório do Senado possa fazer um diagnóstico e apontar caminhos para o setor”, pontuou.