A crise econômica pela qual o país vem passando fechou, só neste ano, meio milhão de empregos com carteira assinada na iniciativa privada. Diante desse quadro assustador, o desejo de passar em um concurso público aumentou. Quem estiver disposto a enfrentar as seleções deve se preparar: pelo menos 28 mil vagas estão abertas em todo o país. E a expectativa é de que nove órgãos federais publiquem, ainda neste semestre, editais com mais de quatro mil postos. As oportunidades em disputa são para candidatos de nível médio e superior, com salário inicial de até R$ 28,9 mil.
A lista dos concursos em andamento inclui o Tribunal de Contas da União (TCU), cujas inscrições se encerram na próxima sexta-feira, e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, com 27 vagas para cargo de promotor, ganho de R$ 27 mil e prazo de adesão até 8 de setembro. No caso do Banco do Brasil, são 95 oportunidades, rendimento inicial de R$ 2,2 mil e inscrição até 31 de agosto. Já na Universidade Federal de Pernambuco há três postos para professores, com remuneração de até R$ 5,1 mil e adesão até dia 28.
Quem não conseguir uma vaga agora não deve desanimar. Devem ser lançados, nos próximos meses, os editais para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Agência Nacional Aviação Civil (ANAC), Agência Nacional do Petróleo (ANP), Agência Nacional de Saúde (ANS), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Nacional do Índio (Funai) e Correios. O concurso para a Anac já recebeu o aval do Ministério do Planejamento, que autorizou a abertura de 150 novas vagas e salário de até R$ 12,3 mil.
“Em regra, quando o Planejamento autoriza um concurso, avalia os custos tanto da contratação das pessoas quanto das despesas da realização do certame. Para autorizar não se vê apenas o número de vagas, mas todo o orçamento”, diz Washington Barbosa, coordenador do Instituto de Capacitação Avançada. Ele lembra que a Anac tem até 24 de dezembro para lançar o edital, uma vez que a portaria de autorização, publicada em 24 de junho, estabelecia seis meses como prazo máximo para a divulgação do documento.