Acontece na manhã desta sexta (21), às 9h, na Câmara de Vereadores de Petrolina, uma audiência pública que vai discutir sobre o Refugio de Vida Silvestre (Tatu Bola), criado em 2014, através do decreto 41.566. A Agência do Meio Ambiente de Petrolina (AMMA) será representada pela diretora presidente, Denise Lima.
Devem participar da audiência representantes da Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa, Ministério Público de Pernambuco, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Governo de Pernambuco, IBAMA, INCRA, Adagro, Federação da Agricultura de Pernambuco, Instituto de Terra de Pernambuco, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Petrolina, Associações de localidades, Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Petrolina, comunidade de uma maneira geral.
O Refúgio Tatu Bola foi criado com o intuito de preservar a fauna e a flora da Caatinga, que vêm sendo devastados pela ação humana. De acordo com o projeto da Reserva, a área destinada à proteção ambiental será de 110 mil hectares e compreenderá os municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista. A manutenção e conservação do Parque será desenvolvida de maneira interinstitucional, com a participação das esferas públicas dos poderes constituídos, universidades, Conselhos de Meio Ambiente e a comunidade de maneira geral.
No entanto, algumas instituições têm questionado os impactos sociais da implantação do Parque. O ponto principal de dúvida é relacionado a possível remoção de milhares de famílias de áreas que serão demarcadas para a Reserva Ambiental. Em Petrolina, por exemplo, uma comissão formada por biólogos, advogado, engenheiros e assistentes sociais vai realizar um estudo técnico sobre os impactos da implantação do parque Tatu Bola.
“São muitos os questionamentos da população acerca da implantação do Refúgio e acreditamos que estas dúvidas precisam ser dirimidas antes do projeto ser executado”, destaca a diretora presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA) de Petrolina, Denise Lima.
A gestora da AMMA complementa ainda “Toda iniciativa que prevê a conservação e preservação do Meio Ambiente é de suma importância. Embora a iniciativa prometa resultados positivos, a nossa realidade do semiárido é singular diante do país, tanto pela forma de vida das pessoas, quanto pela característica exclusiva do Bioma. Opiniões da sociedade e técnicas são imprescindíveis para conclusão e aceitação de um cometimento deste porte. Todos os aspectos devem ser exaustivamente estudados e analisados, para que sejam mitigados os impactos negativos e possamos prevenir um eventual desequilíbrio sócio ambiental”.