Saúde alerta sobre cuidados contra a Leishmaniose em Juazeiro

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A Secretaria de Saúde de Juazeiro, através do setor de Vigilância e Promoção à Saúde está atuando de forma intensa na prevenção dos focos de criação do mosquito palha ou birigui, responsável por transmitir a Leishmaniose Visceral (LV) no município.

A leishmaniose é uma zoonose que afeta os animais silvestres e domésticos, a exemplo de cães e gatos, e pode ser transmitida ao homem, por meio de picadas do mosquito-palha phlebotomina. Ao picar um cão infectado ele suga, junto com o sangue, a leishmania. Após alguns dias, esse mosquito infectado poderá transmitir a doença picando outros animais e o homem. O mosquito infectado passa a doença para pessoas e cães sadios.

Por isso, segundo o Diretor de Vigilância e Promoção à Saúde, Klynger Farias, é importante que a população adote medidas de prevenção da doença, que exige cuidados específicos. “A mobilização da sociedade é fundamental para promover ações e intervenções de controle para prevenção da doença, limpando periodicamente os pátios que possuem animais, recolhendo folhas, frutos e fezes de animais. Outra medida é cuidar bem da saúde do cão, pois ele poderá transformar-se num reservatório doméstico do parasita que será transmitido para pessoas próximas e outros animais”, alertou.

Entre 2010 e os seis primeiros meses de 2015, 59 casos de leishmaniose visceral foram diagnosticados em residentes de Juazeiro, desses apenas 02 evoluíram com óbito por LV e 01 caso foi encerrado como abandono de tratamento.

Em casos de suspeita da doença, a Secretaria de Saúde deve ser acionada para recolhimento dos cães.

Combate a Leishmaniose Visceral

A leishmaniose visceral é uma doença grave e se não for tratada pode levar a morte com tratamento em torno de 20% a 95% dos casos humanos. As principais vítimas são crianças e idosos, mas a doença também acomete principalmente os cães.

No cão os sintomas mais aparentes são: febre irregular, apatia, emagrecimento, ulceras (feridas) na pele (geralmente focinhos, orelhas e extremidades), conjuntivite, fezes sanguinolentas, crescimento exagerado das unhas e às vezes fotofobia (intolerância a lugares claros).

“Nos casos de cães confirmados com a doença, temos determinação do Ministério da Saúde para eutanasia-los de forma indolor para que o animal não sofra, pois não existe na legislação brasileira tratamento em animais, só em humanos”, completo Klynger.

Em humanos, os sintomas podem demorar a aparecer, em alguns casos, nem se manifestam. Quando aparece, leva em média, de 2 a 5 meses, mas podem aparecer em até 2 anos após a infecção. Febre, anemia, crescimento da barriga por aumento do fígado e do baço, emagrecimento, lesões no corpo e tosse seca são alguns dos sintomas.

Para mais informações sobre a doença ou para notificar casos suspeitos de leishmaniose visceral, a população deve ligar para o (74) 3612-3750.