Permanência de João Bosco Lacerda na Codevasf poderá depender de questões políticas partidárias

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A Codevasf comemora 41 anos esse ano e atualmente em Petrolina é comandada pelo superintendente João Bosco Lacerda de Alencar que teve nos últimos dias o seu cargo ameaçado, após o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, Felipe Mendes assinar a sua exoneração, onde quem passaria a assumir a chefia, seria Luciano Albuquerque do Partido Progressista (PP), mas a decisão foi suspensa através de uma liminar concedida pelo senador Humberto Costa (PT).

Em entrevista exclusiva ao blog, João Bosco Lacerda que está há um ano e cinco meses à frente da companhia, disse que levou todo o caso do seu afastamento com tranquilidade, mas não entendeu o motivo de tantos problemas a cerca do seu nome, segundo ele, depois de tantos benefícios diante da abrangência da área de cobertura da Codevasf em mais de 69 municípios do sertão em que na sua gestão mais de 2.000 poços foram perfurados e mais de 10.000 cisternas foram instaladas. Esses avanços foram considerados positivos para o superintendente.

“É um volume considerável de recursos do Governo Federal, onde já investimos R$ 72 milhões em cisternas no programa água para todos, melhoramos a área de caprinos e ovinos, apicultura, são muitos avanços para chegarem solicitando o meu afastamento. Foi algo que não entendi, na verdade fiquei surpreso, mas levei o caso com tranquilidade”, revelou João Bosco.

Em menos de 24 horas, ocorreu a nomeação de um novo superintendente, seguida da exoneração de João Bosco Lacerda, que retornou ao cargo de superintendente que deverá ser temporário, a depender de decisões do comando geral em Brasília. Algo nunca visto na história da Codevasf, em uma questão política envolvendo PT e PP.

“Recebi a notícia da suspensão com naturalidade, que parte de decisões de Brasília que depende de toda uma conjuntura política, o cargo é político livre de nomeações e exonerações. Nossa vida hoje é de desafios e não posso baixar a cabeça depois de toda essa celeuma, mas vamos superar tudo isso”, disse o superintendente após o clima de insegurança do seu retorno ao cargo. “Eu não sei por quanto tempo vou permanecer no cargo, mas permaneço aguardando decisões de Brasília e isso vai depender muito agora de questões políticas”, finalizou.