Caso de intolerância religiosa é registrado no bairro Quidé em Juazeiro

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Nesta quarta-feira (08) a equipe da Gerência de Diversidade da Secretaria de Desenvolvimento e Igualdade Social – SEDIS, em parceria com o Conselho Municipal de Promoção e Igualdade Racial – COMPIR organizou uma visita técnica e um manifesto contra a intolerância religiosa sofrida na sede do Ilê Abasy de OiáGnã, fundado há 40 anos no bairro Quidé.

Segundo a líder religiosa, Mãe Adelaide dos Santos (OiáGnã), há dois meses o prédio do Ilê vem  sofrendo arrombamentos, apedrejamento, pichações, violação dos locais sagrados da fé dessa comunidade. Após o inicio dos ataques, à líder religiosa e sua família tiveram que sair do seu lar para se proteger.

Durante a visita, a equipe constatou a violência patrimonial e psicossocial sofrida pela Mãe Adelaide e sua família. “Foi destruído boa parte do telhado, as paredes foram pichadas, fotografias foram rasgadas. A SEDIS repudia qualquer ato de intolerância religiosa e por isso articulou esta manifestação junto ao poder público, ao COMPIR e a sociedade civil, onde elegemos um Grupo de Trabalho Contra a Intolerância Religiosa”, relatou Iuana Louise, coordenadora de Promoção e Igualdade Racial da SEDIS.

A primeira ação do Grupo foi a elaboração da Carta Manifesto (ver a carta) para tornar pública a situação vivenciada pelo Ilê. “Esta Carta repudia o ato de intolerância religiosa sofrida pelo Ilê Abasy de OiáGnã, e solicita aos representantes dos órgãos públicos, apoio, visibilidade, ajuda e principalmente resolução dos méritos legais cabíveis. Além da carta, vamos realizar também ações de sensibilização para levar ao conhecimento dos moradores do bairro do Quidé e entorno, a importância do Ilê na formação da comunidade e também o respeito as diferentes religiões existentes”, ressaltou a gerente de Diversidade, Luana Rodrigues.

Participaram do manifesto o vice-presidente da Câmara, o vereador Tiano Felix, a vereadora Poliane Amorim, representantes do IléAséAyráOnyndancor, Abassá de ZazeLuango, Afoxé Filhos de Zaze, Florisvaldo Rosa, do COMPIR, Orlando Freire, do Conselho de Direitos Humanos – CMDH, a secretária de mulheres do PCdoB, Virgínia Angélica, a jornalista Sibelle Fonseca, ZuZa Belfort, presidente da ADELG, diretor e professores dos Colégio Arthur Oliveira.