A paralisação realizada pela Polícia Civil nesta terça-feira (19) serviu como um alerta ao Governo do Estado de Pernambuco. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) 95% dos policiais civis aderiram à mobilização.
Os policiais, que paralisaram os serviços desde zero hora e seguiram até as 23h59min, reivindicam melhores condições de trabalho e salário digno. Segundo o Sinpol o estado de Pernambuco tem uma das piores remunerações do país para a categoria. Com uma adesão de 95%, os policiais demonstraram sua indignação com a falta de respostas à pauta de reivindicações entregue ao Governo do Estado desde o dia 30 de janeiro.
Após o início do ato, que começou a tomar força nas ruas do Grande Recife e interior logo nos primeiros minutos da madrugada, o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, junto com uma comissão de policiais e lideranças do sindicato, começou a realizar visitas às delegacias, seccionais e institutos da polícia para saber como estava sendo a paralisação dentro desses setores. O presidente do Sinpol no Ceará, Gustavo Simplício, também esteve presente na mobilização demonstrando solidariedade aos companheiros.
Durante todo o dia policiais civis distribuíram a Carta à População da Polícia Civil, esclarecendo aos cidadãos os motivos da paralisação de 24 horas. Os dirigentes do Sinpol, antes do termino das 24 horas, realizaram uma reunião de avaliação na sede do sindicato para decidir os rumos da Operação Polícia Cidadã em Pernambuco.
MOBILIZAÇÃO – A categoria anunciou a paralisação das atividades no dia 13 de maio, depois de uma reunião entre lideranças do Sinpol e representantes do Governo do Estado. No mesmo dia os policiais realizaram uma passeata pelas ruas do Centro do Recife.
Em sua pauta de reivindicações, o Sinpol pede que a gratificação por função policial seja fixada em um percentual de 225% para todos os policiais civis do Estado.
Além disso, o sindicato também reivindica para a categoria modificações no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) que promovam aumentos salariais por tempo, qualificação e faixa etária. Por fim, os policiais civis pedem que os Peritos Papiloscopistas integrem o Quadro Técnico Policial e que o Governo do Estado realize a reposição inflacionária para o ano base de 2015.