Vazão no São Francisco é ampliada por uma semana

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A vazão defluente das barragens de Sobradinho e Xingó, no rio São Francisco, que estava entre 1.000 m³/s e 1.100m³/s, tem aumento, hoje, para 1.500 m³/s. O novo volume de saída de água será mantido até a próxima sexta-feira, 8.

O objetivo é facilitar a diluição da mancha de microalgas da espécie Ceratium furcoides, que já ocupa 34 km de extensão, identificada no início de abril entre  Bahia  e Alagoas.

A decisão de aumentar a vazão foi do Grupo de Trabalho (GT) criado com a participação de representantes de órgãos ambientais e organizações de iniciativa popular, como o Ministério Público Federal, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), a convite do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF).

“O primeiro encontro do GT (realizado no dia 30 de abril em Maceió) teve como principal encaminhamento essa mudança na vazão. Após o prazo estabelecido e diante dos resultados das análises, veremos se haverá ou não necessidade de novas medidas”,  disse o secretário do comitê, Maciel Oliveira.

Durante esta semana, técnicos do Ibama e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) farão coletas e monitoramento da colônia de algas.

O Instituto de Meio Ambiente de Alagoas e a Companhia de Saneamento do estado, onde nove cidades tiveram a captação no rio interrompida por causa da mancha, também farão exames diários do PH.

“O GT acordou que os resultados serão encaminhados ao CBHSF, que fará a distribuição das informações para os ribeirinhos e para os veículos de comunicação”, informou Oliveira.

Segundo ele, a próxima reunião está agendada para o dia 13 de maio, em local a ser definido.

Redução

Antes do aparecimento da mancha, a Chesf  havia solicitado a redução de vazão para 900 m³/s nestes dois reservatórios para armazenar água nos próximos meses de seca, mas só conseguiu autorização da Agência Nacional de Águas (Ana), na última terça-feira.

A empresa terá que atender algumas condições impostas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), entre elas a elaboração de um plano de contingência para todos os usuários da bacia.