O fim da propaganda eleitoral no rádio e na televisão é o que propõe o projeto apresentado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) no Senado. A criação do dispositivo surge da ideia do senador de que a grave crise política vivida atualmente requer a adoção de medidas que representem mudanças concretas nas instituições políticas e a extinção da propaganda eleitoral no rádio e na televisão significará a redução expressiva dos custos de campanha e maior igualdade entre os partidos e candidatos concorrentes, durante as eleições.
Para o senador, o marketing utilizado na propaganda eleitoral veiculada no rádio e na televisão estimula os candidatos a apresentarem cenários que, muitas vezes, não correspondem à realidade socioeconômica vivida pela sociedade e são passíveis de contribuir para distorções e manipulações do processo eleitoral, conforme apontam diversos analistas.
Além disso, a campanha das ruas perdeu seu espaço: “é preciso estimular os partidos e candidatos a voltarem às ruas para um contato maior com a população, o que está deixando de ocorrer em face do excesso de ‘marketagem’ promovido pela propaganda no rádio e na televisão. “Já os debates televisivos, segundo o projeto, não devem acabar”, afirmou Cristovam.
Por outro lado, na opinião do senador, não haverá grande perda de espaço para o debate político, pois, além do contato nos comícios e nas ruas, a internet continuará com o seu papel fundamental de informar: “Hoje boa parte do debate político é travado por intermédio das redes sociais”, conclui o senador. Ainda conforme o projeto, os partidos permanecerão com direito ao acesso gratuito ao rádio e à televisão em período não-eleitoral, para apresentar seus programas partidários, conforme determina a Constituição Federal. (Do Senado).
Tem que acabar mesmo com a propaganda eleitoral pois custa quase 1 bilhão de reais a Nação na forma de isenção fiscal às grandes redes de comunicação, além claro, de torrar a nossa paciência!
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