Professores são impedidos de participar de solenidade de inauguração da Policlínica da Univasf

Na manhã desta sexta-feira (17), um grupo de docentes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) foram impedidos de participar da cerimônia de inauguração da Policlínica da instituição com a presença do Ministro da Educação, Mendonça Filho.

De acordo com a Professora de Psicologia da universidade, Virgínia Passos, o projeto da Policlínica e os serviços que serão ofertados tem sido discutido com a comunidade acadêmica a pelo menos 6 meses. A construção de quais tipos de especialidades, a necessidade da população, o potencial da universidade para se prestar esse serviço são discutidos coletivamente.

“No entanto, na hora da inauguração diferentemente do que sempre foi feito na Univasf, não há participação da comunidade. Hoje estamos sendo tratados de uma forma bem marginal, mas amanhã daremos continuidade a esse serviço, por que para a Policlínica funcionar a Univasf vai colocar sua força aí.”, criticou a Passos.

Os professores ainda pontuam que não houve nenhum comunicado ou informação sobre a inauguração, pois em todos os eventos da instituição os professores sempre foram convidados. Geralmente, os convites partem da Reitoria ou da Chefia de Gabinete da Univasf.

A docente da área da saúde, Cheila Bedor, explica que era de conhecimento dos professores que a Policlínica estava prestes a ser inaugurada e que o ministro Mendonça Filho estaria presente, além do cerimonial ser organizado pelo MEC, mas não imaginavam que seriam impedidos de participar.

“Não tínhamos noção que essas grades seriam colocados dessa maneira e que não poderíamos nem chegar perto dos prédios. Estou aqui desde 2004, e é a primeira vez que vejo isso na universidade. Já desci muros aqui com ministros andando. Antigamente, nossos próprios governantes não tinham medo, e hoje, me pergunto por que eles tem medo?”, desabafa Sheila. Na ocasião ela ainda cobra respostas da instituição, “Sabemos que tudo está sendo feito pelo MEC, mas eu acho que a Reitoria pode responder melhor sobre essa situação.”, finalizou.

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